Brasil, use sua liberdade para fortalecer a Igreja Perseguida

Se você pudesse pedir e receber qualquer coisa hoje, o que seria? Um carro? A casa própria? Um relacionamento? A cura de alguma doença? Para muitos dos mais de 380 milhões de cristãos perseguidos atualmente a resposta seria uma: liberdade. Hoje, no Dia da Independência do Brasil, vamos refletir sobre como a igreja brasileira pode ser resposta a esse clamor ignorado por tantas autoridades e pela mídia.
Atualmente, existem mais de 147 milhões de cristãos no Brasil, segundo dados do censo de 2022 do IBGE divulgados em junho de 2025. Esse número corresponde a 83% da população brasileira, ou seja, um em cada quatro brasileiros se declara cristão. Diante de um número tão expressivo de seguidores de Jesus na nação, que hoje completa 203 anos de independência, podemos questionar, como fez Gérson Borges há alguns anos na Portas Abertas: o que estamos fazendo com nossa liberdade religiosa?
Para que a igreja brasileira faça alguma diferença no mundo, ela precisa ser mais qualitativa do que quantitativa. O número de cristãos não quer dizer nada se eles não entrarem em ação como uma família que se preocupa verdadeiramente com aqueles que têm o mesmo sangue correndo nas veias, o sangue de Jesus.
“O número de cristãos não quer dizer nada se eles não entrarem em ação como uma família que se preocupa com aqueles que têm o mesmo sangue correndo nas veias, o sangue de Jesus.”
O poder da fé e liberdade
Em primeiro lugar, é preciso pensar no aspecto da consciência da liberdade. Se não há clareza dos recursos que temos, não saberemos usá-los da melhor forma. Veja o que diz artigo 5º, inciso VI da Constituição brasileira: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
Nesse sentido, é muito raro ver pessoas que notam e celebram os direitos garantidos pela liberdade religiosa: quando carregamos uma Bíblia nas mãos; ao declarar sua religião em documentos nos órgãos do governo ou em instituições particulares; ao se reunir em templos para louvar em alta voz o nome de Jesus e poder anunciar para outras pessoas essa fé. Esses são alguns dos milhares de exemplos dos frutos da liberdade religiosa no Brasil.
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Não há perseguição sistemática no Brasil como ocorre nos países da Lista Mundial da Perseguição 2025.
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Claro, a garantia desses direitos não significa que não haja oposição alguma aos cristãos no Brasil. No entanto, não há perseguição sistemática no Brasil como ocorre nos países da Lista Mundial da Perseguição 2025, onde ocorrem prisões arbitrárias, ataques com assassinatos em massa e outros tipos de pressão e violência por causa da fé em Jesus.
Assim, temos possibilidades e espaços de fala e representatividade que nossos irmãos na fé não têm. Mas exatamente pela falta de consciência da preciosidade dessa liberdade, tão almejada pelos cristãos perseguidos, muitas vezes perdemos a oportunidade de exercer todo o potencial que o Senhor tem para nós. Abusamos da liberdade, desrespeitando o próximo para nos impormos. Banalizamos a liberdade, preferindo qualquer outro livro à Bíblia e ir a qualquer evento a ir para a igreja.
Por isso, em segundo lugar é preciso pensar no uso da liberdade. Exatamente por vivermos no Brasil, podemos levantar nossas vozes pelos mais de 380 milhões de cristãos perseguidos atualmente. Podemos mostrar que fazemos parte de um corpo em Cristo que se alegra e sofre em unidade independentemente das barreiras geográficas.
Veja cinco formas de usar sua liberdade no Brasil a favor da Igreja Perseguida
- Interceda: ore e clame pelos nossos irmãos perseguidos.
- Doe: apoie os projetos de socorro às necessidades mais urgentes dos cristãos perseguidos.
- Encoraje: use o privilégio de ter livre acesso à palavra de Deus e de poder estudá-la livremente para encorajar cristãos perseguidos por meio de uma mensagem escrita. Veja as intruções aqui.
- Erga sua voz: assine a petição de modo digital ou em versão impressa com sua igreja pelo fim da violência contra cristãos na África Subsaariana.
- Compartilhe: apresente a missão Portas Abertas a sua igreja e amigos e convide-os para se envolver com a causa. Eles podem se cadastrar em nosso site, nos acompanhar nas mídias sociais ou se tornar um parceiro.
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