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Violência

Entenda como a perseguição violenta atinge os cristãos ao redor do mundo
Mulher idosa com expressão séria, vestindo um vestido vermelho estampado e um lenço verde na cabeça, em pé diante de um fundo claro e neutro, possivelmente ao ar livre durante o dia.
A Nigéria foi responsável por 69% das execuções, chegando ao total de 3.100 cristãos mortos
A perseguição aos cristãos que vivem nos 50 países da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2025 e na Lista de Países em Observação (LPO) é classificada de acordo com a pressão e a violência enfrentadas por eles pelo simples fato de não abandonarem a fé em Jesus. O índice de violência é obtido de acordo com o número total de incidentes ocorridos contra os seguidores de Jesus em cada país. Isso inclui a quantidade de cristãos mortos, presos e atacados, além de igrejas, casas e lojas de cristãos atacadas, entre outros.

É importante ressaltar que muitos casos permanecem sem registro, seja por ameaças, tabus culturais ou outros motivos. Sendo assim, fica difícil obter a contagem exata de cada país, principalmente naqueles envolvidos em conflitos ou cujo nível de sigilo é alto. Quando isso ocorre, a equipe da Portas Abertas estima as quantidades baseada no relato de fontes indiretas sobre os ocorridos. Dessa forma, alguns dados são mais conservadores do que a realidade.

Também é preciso ter em mente que algumas situações são difíceis de contabilizar. Um exemplo é quando um cristão chefe de família é morto em países de maioria islâmica, deixando esposa e filhos vulneráveis financeiramente e suscetíveis à pressão de parentes muçulmanos. Essa situação também se caracteriza como perseguição, porém, é difícil de ser quantificada. 

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Lista Mundial da Perseguição

1. Cristãos mortos

Em muitos países, o simples fato de ser cristão já é motivo suficiente para que nossos irmãos e irmãs percam a vida. No período de pesquisa da LMP 2025*, 4.476 cristãos foram mortos por amarem e seguirem a Cristo. Houve uma queda de 10% quando comparado ao número de mortes da LMP 2024 devido à menor quantidade de cristãos mortos na Nigéria. Apesar de o número de incidentes violentos aumentar no país, o epicentro da violência se deslocou parcialmente do Centro-Norte, onde muitos cristãos vivem, levando a um menor número de vítimas cristãs que no último ano.
Gráfico de barras intitulado "Cristãos mortos por questões relacionadas à fé", mostrando o número de mortes em três períodos consecutivos. Em out. 2021 a set. 2022 foram registradas 5.621 mortes, em out. 2022 a set. 2023 foram 4.998 mortes, e em out. 2023 a set. 2024 o número caiu para 4.476. A imagem tem fundo preto, com destaque em vermelho para o período mais recente.
Enquanto isso, mais seguidores de Jesus foram mortos fora da Nigéria do que no último período de pesquisa, passando de 880 para 1.376. Mesmo com a queda, a Nigéria ainda foi responsável por 69% das execuções, chegando ao total de 3.100 cristãos mortos. Dos dez países onde houve mais mortes de cristãos, oito são africanos: República Democrática do Congo, Burkina Faso, Camarões, Níger, República Centro-Africana, Uganda e Moçambique, além da Nigéria.

2. Igrejas e outras propriedades públicas cristãs atacadas

Esse tipo de ataque teve uma queda significativa, diminuindo quase 48% em comparação com a LMP 2024. O total passou de 14.766 na LMP 2024 para 7.679 na LMP 2025. Essa redução é explicada pelo número muito menor referente à China, que passou de um número simbólico de 10 mil igrejas em 2024 para mil em 2025. A queda ocorreu mesmo com o número referente à Ruanda tendo subido de 120 para 4 mil.  
Gráfico de barras com o título "Ataques a igrejas e outras propriedades públicas cristãs", mostrando a quantidade de ocorrências em três períodos. Entre outubro de 2021 e setembro de 2022 foram registrados 2.110 ataques; entre outubro de 2022 e setembro de 2023, o número subiu para 14.766; e entre outubro de 2023 e setembro de 2024, houve 7.679 ataques. O gráfico destaca em vermelho o dado mais recente, com fundo preto e ícone de prédio danificado no canto superior direito.
De acordo com as estimativas, Ruanda ultrapassou a China, ocupando a primeira posição no número de ataques a igrejas e outras propriedades públicas cristãs. O país foi palco de 52% do total de casos registrados. A China ocupa o 2º lugar, seguida por Índia, Nicarágua, México e Sudão, com um total de casos que varia entre 182 e 1.000 propriedades afetadas. Como o acesso a dados precisos é difícil nesses países, a equipe de pesquisa da Portas Abertas estima valores arredondados com base em casos confirmados. Então, a realidade é que provavelmente os números sejam maiores. 
Mulher idosa sorridente, usando um boné azul e roupas tradicionais, posa ao ar livre com fundo desfocado. A luz natural destaca seu rosto, que transmite serenidade e simpatia.
O ataque a igrejas ocorre em diferentes níveis. Entre as propriedades classificadas estão templos e prédios administrados por igrejas, como escolas, seminários e hospitais. Nessa categoria, se enquadram propriedades atacadas, danificadas, bombardeadas, saqueadas, destruídas, incendiadas, fechadas ou confiscadas por motivos relacionados à fé.
Por trás dos números de propriedades atacadas estão o medo e a insegurança de muitas comunidades cristãs que utilizam os locais. Tais ataques podem levar até mesmo ao fim dessas comunidades, mesmo que os cristãos não sejam deslocados de à força. 

3. Cristãos presos, condenados ou detidos sem julgamento

A quantidade de cristãos presos, condenados ou detidos sem julgamento por crerem em Jesus na LMP 2025 foi de 4.744, 15% maior do que na pesquisa anterior. O número de prisões aumentou de 3.329 para 3.604 e o de condenações subiu de 796 para 1.140.  
Gráfico de barras com o título "Cristãos presos – Condenados ou detidos sem julgamento", mostrando o número de casos em três períodos. Entre outubro de 2021 e setembro de 2022 foram registrados 4.542 casos; entre outubro de 2022 e setembro de 2023, 4.125 casos; e entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o número subiu para 4.744. O último dado está em destaque na cor laranja, com fundo preto e ícone de algemas no canto superior direito.
A Índia é o país onde mais cristãos foram detidos sem julgamento por causa da fé em Jesus. Foram 1.629 prisões, chegando a 45% dos casos. Em seguida vem um país com nome oculto por motivos de segurança, com 400 prisões; em terceiro lugar, a Eritreia, com 245 detenções, e outros seis países que tiveram ao menos 100 prisões no período da pesquisa.
Homem de pele morena, cabelo preto e curto, com bigode fino, usando camisa branca, olhando diretamente para a câmera, com expressão séria. O fundo está desfocado, mostrando árvores e um céu azul claro em um ambiente externo.
Com relação a outros tipos de condenação relacionada à fé, como envio para campos de trabalho forçado, a Índia também lidera o ranking, com 547 casos, um aumento de 121% comparado ao ano anterior. Ela é seguida por China, Eritreia, um país com nome oculto por motivos de segurança e Paquistão, todos com estimativa de 100 condenações cada. 

4. Cristãos sequestrados

O total de cristãos sequestrados por motivos relacionados à fé diminuiu em 3%, de 3.906 para 3.775 casos na LMP 2025. Os sequestros são uma forma de amedrontar a comunidade cristã, conseguir dinheiro com os resgates e silenciar líderes cristãos. 
Gráfico de barras ilustrando o número de cristãos sequestrados ou desaparecidos em três períodos consecutivos: de outubro de 2021 a setembro de 2022 (5.259 casos), de outubro de 2022 a setembro de 2023 (3.906 casos) e de outubro de 2023 a setembro de 2024 (3.775 casos). O gráfico utiliza barras de diferentes tons de cinza e laranja, com um ícone de mãos algemadas no canto superior direito. A quantidade de casos diminui ao longo dos períodos.
A Nigéria lidera os dados com 75% dos casos, onde 2.830 cristãos foram sequestrados. Em seguida está o México, com 116 casos, seguido por República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Mali e Paquistão, cada um com estimativa de ao menos 100 cristãos sequestrados. Os dados incluem cristãos desaparecidos no contexto de perseguição. 

5. Cristãos vítimas de violência sexual e casamento forçado

Entre as diversas maneiras de punir cristãos por sua crença em Jesus, principalmente convertidos da religião majoritária, estão a violência sexual e o casamento forçado com não cristãos. Nesses casos, as principais vítimas são meninas e mulheres.
Gráfico de barras horizontais que compara o número de casos de violência sexual ou casamento forçado com não cristãos em três períodos: out/2021 a set/2022 (2.843 casos), out/2022 a set/2023 (3.231 casos) e out/2023 a set/2024 (3.944 casos). A barra referente ao período mais recente está destacada em vermelho, indicando um aumento significativo em relação aos anos anteriores, cujas barras são em tom cinza escuro. À esquerda do título, há um ícone de coração partido.
O número de casos de cristãos vítimas de violência sexual por causa da fé aumentou de 2.622 na LMP 2024 para 3.123 na LMP 2025. Ter dados exatos é especialmente difícil devido a traumas e tabus culturais. As vítimas optam em manter segredo como garantia de que serão respeitadas por sua comunidade.

O mesmo acontece quanto aos dados de casamento forçado de cristãs com não cristãos. Porém, mesmo assim, o número aumentou de 609 para 821, um crescimento de 35%
Jovem mulher com cabelo trançado, vestindo uma camisa azul e mochila, posando ao ar livre com árvores ao fundo, olhando diretamente para a câmera com expressão séria.
A maioria dos casos de violência e abuso sexual ocorreram na Nigéria, onde a estimativa é que ao menos 1.000 cristãs tenham enfrentado esse tipo de violência. Em seguida está a Síria, com 500 vítimas de violência sexual. Outros treze países que a sucedem são Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Mali, Moçambique, Mianmar, Níger, um país com nome oculto por motivos de segurança, Paquistão, outro país com nome oculto por motivos de segurança e Sudão, com cerca de 100 casos registrados em cada.

Com relação ao número de cristãs forçadas a se casar com não cristãos, a República Centro-Africana lidera esse tipo de violência, seguido por outros dois países: República Democrática do Congo e Paquistão. Nos três países, ocorreram cerca de 300 casamentos forçados.

6. Cristãos abusados física e psicologicamente 

Nem sempre a violência destinada a cristãos termina em morte – uma grande quantidade de cristãos é abusada física e psicologicamente. Na LMP 2025, o número aumentou em 28%, passando de 42.849 na LMP 2024 para 54.780 casos. Esse número se refere a abusos físicos ou psicológicos motivados pela fé, incluindo espancamentos e ameaças de morte.
Gráfico de barras mostrando o aumento de casos de violência física e psicológica, incluindo ameaça de morte, nos anos de 2021 a 2024.
O nível de insegurança e medo causado pelo incessante fluxo de ataques aos cristãos e comunidades cristãs por grupos extremistas islâmicos e outros grupos religiosos radicais em muitos países da Ásia e da África Subsaariana não está incluso nesse número.
Esse tipo de violência ocorreu em um total de 73 países (incluindo os 50 países da LMP e outros da LPO), pois é o tipo de violência mais comum em países onde há perseguição. Em algumas nações, a proporção é pequena, pois 91% dos casos ocorreram apenas nos 14 primeiros colocados. Índia, Mianmar, Nigéria e Paquistão estão empatados com uma estimativa de 10 mil casos cada um. Já Burkina Faso, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Eritreia, Etiópia, Mali, Níger, um país com nome oculto por motivos de segurança, Ruanda e Uganda acumulam outros 10 mil casos. 

7. Ataques a casas e negócios de cristãos

Não são apenas os ataques diretos a cristãos que a violência engloba. Muitas casas, propriedades e negócios de cristãos são destruídos simplesmente por seus donos serem seguidores de Jesus. Isso ocorre como um meio de atingir a vida dos cristãos, porque dessa forma eles são pressionados a se converter à religião principal do país ou a deixar a comunidade.
Gráfico de barras horizontais comparando o número de ataques a casas e negócios de cristãos em três períodos. De outubro de 2023 a setembro de 2024 foram registrados 28.368 ataques (barra laranja). De outubro de 2022 a setembro de 2023 foram 27.171 ataques, e de outubro de 2021 a setembro de 2022 foram 6.757 ataques (ambos em barras cinzas).
Segundo a pesquisa da LMP 2025, 20.084 casas e propriedades de cristãos foram atacadas, o que equivale a uma queda de 6%. Já o número de lojas e negócios atacados porque pertenciam a cristãos passou de 5.740 para 8.284. Os registros envolvem danificação, bombardeios, saques, destruição, incêndios criminosos e confiscos motivados por questões religiosas, totalizando 28.368 incidentes. 
Rua de terra em uma vila africana, com pessoas caminhando, casas simples nas laterais, árvores ao fundo e montanhas ao longe. A cena retrata um dia ensolarado com céu claro e presença de comércio local.
Nigéria, Índia, Camarões, República Democrática do Congo, Etiópia, Mali, Mianmar, Níger e Paquistão reúnem quase 20 mil casos de ataques a casas ou propriedades de cristãos, um total de 92% dos casos. E em 39 países foram registradas ao menos dez casas ou propriedades atacadas. Quanto às lojas e aos negócios de cristãos, a maioria dos ataques ocorreu em Burkina Faso, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Mali e Nigéria, que concentraram 84,5% dos casos.

8. Cristãos forçados a fugir de casa e do país

O número total de cristãos deslocados internamente e refugiados é de 209.771. São 67 países que fazem parte da lista onde cristãos foram forçados a fugir de casa ou do país. Em 26 dessas nações, ao menos 100 cristãos foram obrigados a se tornar deslocados internos. 
Gráfico de barras horizontais com o título "Cristãos forçados a fugir de casa ou do país", comparando três períodos. De outubro de 2023 a setembro de 2024 foram registrados 209.771 casos (barra vermelha). De outubro de 2022 a setembro de 2023 foram 295.120 casos e de outubro de 2021 a setembro de 2022 foram 139.307 casos (ambos em barras cinzas).
Por causa da violência e da pressão, o número de cristãos forçados a fugir de casa ou que precisaram se esconder dentro do próprio país por questões religiosas foi de 183.709, o que representa uma queda de 34% no número de cristãos deslocados internos. Nigéria lidera essa categoria com uma estimativa de 100 mil casos, o que representa mais de 50% do total. Mianmar, Burkina Faso, República Democrática do Congo e Índia juntos totalizam quase 70 mil casos, representando outros 38%. Um país não identificado por motivos de segurança, Bangladesh, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Etiópia, Mali, Moçambique, Níger, Paquistão, Sudão do Sul e Sudão tiveram uma estimativa de ao menos mil casos cada.

Em alguns casos, os cristãos não têm outra escolha a não ser deixar o país por causa da perseguição. O número de refugiados foi recorde, com 26.062 cristãos forçados a sair do país por causa da perseguição intensa, um aumento de quase 60% em relação ao ano anterior. O Azerbaijão lidera, com 38,4% dos casos. Os outros onze primeiros países somam 57,5% dos refugiados. Eles são Bangladesh, um país não nomeado por segurança, Burkina Faso, China, República Democrática do Congo, Eritreia, Irã, Mianmar, Nigéria, Sudão do Sul e Sudão.

*O período de pesquisa da Lista Mundial da Perseguição 2025 foi de 1 de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024. 
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