Tipo de perseguição
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População cristã

O que mudou este ano do Sudão do Sul?
Os cristãos enfrentam perseguição por parte de grupos armados que têm como alvo igrejas, pastores e comunidades cristãs em todo o país. Além dos ataques violentos, os desafios impostos pelos líderes comunitários locais pioram a situação. Com o Sudão do Sul lutando contra o conflito civil em curso e a falta de estado de direito em muitas áreas, os cristãos enfrentam um ambiente instável e inseguro.
“As ONGs já estão sob crescente pressão administrativa e muitas vezes são objeto de execução arbitrária de regras e regulamentos. Há um número crescente de incidentes de assédio e violência contra elas.”
Contato da Portas Abertas no país
Como é a perseguição aos cristãos no Sudão do Sul?
No Sudão do Sul, os cristãos enfrentam pressão e violência por seguirem a Jesus. Essa situação é agravada por tensões étnicas, rivalidades dentro de denominações religiosas e relações tensas entre igrejas e facções, como autoridades estatais, grupos rebeldes e líderes tribais.
O conflito armado em curso fomenta o crime organizado e a violência, muitas vezes visando cristãos, levando a incêndios de igrejas e ataques a líderes religiosos. As comunidades cristãs que falam contra a corrupção são retaliadas. Apesar disso, igrejas e instituições administradas pela igreja se esforçam para manter a estabilidade, apoiar iniciativas de paz e fornecer ajuda, destacando seu papel crucial em um país assolado por turbulências.
Como posso ajudar os cristãos perseguidos no Sudão do Sul?
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
Quem persegue os cristãos no Sudão do Sul?
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Sudão do Sul são: corrupção e crime organizado, opressão do clã e paranoia ditatorial.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Sudão do Sul são: redes criminosas, oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, cidadãos e quadrilhas e parentes.
Pedidos de oração do Sudão do Sul
- Ore por proteção aos cristãos e líderes de igrejas que são alvos de ataques no Sudão do Sul.
- Clame por paz e pelo fim dos conflitos armados no país, que agravam a perseguição.
- Interceda por sabedoria e honestidade dos governantes para resistir à corrupção e liderar o país com justiça.
Mais informações sobre o país
HISTÓRIA DO SUDÃO DO SUL
Os primeiros moradores do Sudão do Sul vieram da região do Sul do vale do rio Nilo. Mas foi durante os séculos 15 a 19 que aconteceram as migrações tribais da área de Bahr el Ghazal, entre eles estão os azandes, que são o terceiro maior grupo étnico do país. Outro grupo, avungara, invadiu o território no século 18 e impôs o poder sobre os azandes. Eles permaneceram na liderança do território até o fim do século 19, com a chegada dos ingleses.
O Sudão do Sul tornou-se um estado independente em 9 de julho de 2011, após um referendo que foi aprovado com 98,83% dos votos. É um Estado membro das Nações Unidas, da União Africana e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento. Em julho de 2012, o Sudão do Sul assinou a Convenção de Genebra.
O país tem uma população estimada em mais de 13 milhões, e a economia é predominantemente rural, dependendo principalmente da agricultura de subsistência. Por volta de 2005, a economia iniciou uma transição desse domínio rural, e as áreas urbanas do Sudão do Sul passaram por um amplo desenvolvimento. No entanto, a região ainda sofre os efeitos de duas guerras civis de longa duração: a Primeira Guerra Civil Sudanesa (1955-1972), quando o governo sudanês lutou contra o exército rebelde anyanya; a Segunda Guerra Civil Sudanesa (1985-2005), quando o governo sudanês lutou contra o Movimento/Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M da sigla em inglês).
Ao contrário do conflito civil dos anos 1960 e 1970, a insurgência nos
anos 1980 e 1990 assumiu um caráter mais religioso de confronto. Devido aos muitos anos de guerra, o país sofreu grave negligência, falta de desenvolvimento de infraestrutura, destruição e deslocamento. Mais de 2,5 milhões de pessoas foram mortas e outros milhões se tornaram deslocadas internos ou refugiadas.
Logo após a independência, o conflito entre os dois líderes da independência, o presidente Salva Kiir e o vice-presidente Riek Machar, levou à eclosão de uma guerra civil em 2013. Os dois líderes obtiveram o apoio dos dois principais grupos étnicos do país, os dinka e os nuer.
Essa guerra civil levou a um desastre socioeconômico e à morte de quase 40 mil pessoas. Em 12 de setembro de 2018, as duas facções assinaram um acordo para acabar com a guerra civil. No entanto, existem várias questões não resolvidas após o acordo e houve algumas áreas do país onde os combates continuaram. Muitos outros acordos foram assinados, mas não foram honrados pelas partes envolvidas.
Em fevereiro de 2020, um governo de unidade foi formado e o fim da guerra civil (2013-2019) foi declarado. Espera-se que isso acabe com todas as hostilidades entre os nuer e os dinka. O acordo resultou na formação do governo de unidade em fevereiro de 2020 e trouxe grandes esperanças de paz, tanto no país quanto na comunidade internacional.
No entanto, alguns grupos armados foram deixados de fora do acordo de paz e especialistas da ONU alertaram que “as divisões políticas, militares e étnicas no Sudão do Sul estão se ampliando, levando a vários incidentes violentos entre os principais signatários do cessar-fogo de 2019, com a possibilidade de uma guerra renovada e quase 100.000 pessoas enfrentando ‘condições semelhantes a fome’”.CONTEXTO DO SUDÃO DO SUL
O Sudão do Sul conquistou a independência do Sudão em 2011 e a demografia passou de um país de maioria muçulmana (quando fazia parte do Sudão) para um de maioria cristã. Cerca de 21% da população que vive em áreas isoladas adere às religiões tradicionais africanas ou combina práticas cristãs e tradicionais nativas. Embora os cristãos tenham se tornado maioria e não enfrentem mais a perseguição do governo conservador islâmico do Sudão, suas condições socioeconômicas não melhoraram significativamente até o momento. O cristianismo é mais prevalente entre os povos do estado de Al Istiwai, os madi, moru, azande e bari.
Em geral, a nova nação tem enfrentado vários desafios, todos exacerbados pela guerra civil de 2013-2019. De acordo com o Factbook da CIA, o nível educacional é baixo devido à falta de escolas, professores qualificados e materiais. Alguns dos professores têm dificuldade com a mudança do árabe para o inglês como idioma de instrução. Além disso, muitos adultos abandonaram as salas de aula por causa da guerra e do deslocamento.HISTÓRIA DA IGREJA NO SUDÃO DO SUL
O cristianismo foi muito influente na região do Sudão a partir do século 4. Durante quase mil anos, a população se denominava cristã. Mas isso mudou quando os árabes invadiram o país, impuseram o islamismo e gradualmente islamizaram a parte norte do Sudão no século 15.
Após a derrota do autoproclamado mahdi islâmico e seus apoiadores pelos britânicos em 1898, muitos grupos cristãos entraram no país. Católicos romanos, anglicanos (através da Church Missionary Society) e presbiterianos americanos também vieram de sua base no Egito. Seguiram-se a Missão Anglicana Unida do Sudão, a Missão para o Interior da África e a Missão para o Interior do Sudão. Várias igrejas iniciadas por africanos também se estabeleceram.
O cristianismo é predominantemente católico romano no Sudão do Sul e é mais prevalente entre os povos do estado de Al Istiwai, ou seja, madi, moru, azande e bari. Outras denominações cristãs principais são a Episcopal, Presbiteriana, Pentecostal, Sudão Interior, Presbiteriana Evangélica e Igrejas do Interior Africano. Há também populações menores de ortodoxos eritreus, ortodoxos etíopes, ortodoxos coptas e ortodoxos gregos.