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População cristã

O que mudou este ano nas Filipinas?
Embora tenha havido menos assassinatos de cristãos, os ataques a igrejas e seguidores de Jesus aumentaram, juntamente com o número de prisões e saídas forçadas do país. Isso inclui um bombardeio a uma capela em Cotabato, na região autônoma de Bangsamoro, em Mindanao muçulmano, e a destruição de uma igreja em Negros Ocidental, danificando bancos, o altar e outros móveis. Os nomes dos dois autores do primeiro ataque não foram divulgados, mas o segundo incidente foi conduzido por um homem de 39 anos que alegou ter recebido ordens de Alá.
“Os vizinhos nos evitam, mas continuamos a ser uma bênção para eles.”
Jona (pseudônimo), líder cristão nas Filipinas
Como é a perseguição aos cristãos nas Filipinas?
Em Mindanao, a ilha mais ao sul do arquipélago das Filipinas, fica a Região Autônoma de Bangsamoro (BARMM), uma área de maioria muçulmana com governança autônoma. Os cristãos nessa região enfrentam perseguição, inclusive com o bombardeio de uma igreja, que matou quatro e feriu 50 pessoas. Além disso, os cristãos enfrentam interrupções regulares nos cultos e na vigilância contínua.
Os cristãos de origem muçulmana enfrentam desafios específicos, como violência verbal e física e afastamento de suas famílias e comunidades. Essas dificuldades também afetaram os convertidos de religiões tribais. Fora da região autônoma, as Filipinas são um país predominantemente cristão. No entanto, as tensões persistem em algumas áreas, com relatos de ataques a igrejas e restrições à distribuição de Bíblias.
Desde a eleição do presidente Ferdinand Marcos Júnior, em 30 de junho de 2022, alguns cristãos comemoraram uma redução percebida na marcação vermelha de líderes religiosos como terroristas comunistas. No entanto, outras igrejas levantaram preocupações sobre novos documentos que listam igrejas supostamente com laços com o “terrorismo”, que surgiram silenciosamente e estão fazendo com que as atividades da igreja sejam restritas.
Como posso ajudar os cristãos nas Filipinas?
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
Quem persegue os cristãos nas Filipinas?
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. O tipo de perseguição aos cristãos nas Filipinas são: opressão islâmica e opressão de clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos nas Filipinas são: líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, parentes, partidos políticos, grupos paramilitares.
Pedidos de oração das Filipinas
- Clame por proteção, paz e cura aos cristãos que são alvos de ataques em Mindanao.
- Ore por sabedoria e justiça ao governo para respeitar a liberdade religiosa e conter a violência de extremistas islâmicos.
- Interceda por conversão e arrependimento aos jihadistas que visam atacar igrejas nas Filipinas.
Mais informações sobre o país
HISTÓRIA DAS FILIPINAS
Filipinas é um arquipélago composto por mais de 7 mil ilhas, que recebeu o nome como uma homenagem do navegador espanhol Ruy López de Villalobos ao rei Felipe II da Espanha em 1542. Antes da chegada dos europeus, o território era ocupado por diversos povos indígenas, que faziam comércio marítimo com a China, a Índia e outros países do Sudeste Asiático.
Em 1521, o navegador português Fernão de Magalhães chegou às Filipinas e foi o início da colonização, com imposição da cultura, língua e religião cristã, especificamente o catolicismo. Após a descoberta do território, houve várias expedições entre o México e as Filipinas, o que resultou na rota comercial chamada Galeão de Manila. Por meio dessa rota, eram importados tecidos nobres e especiarias para o Ocidente.
A colonização espanhola durou até 1898 e o país foi cedido aos Estados Unidos no fim da Guerra Hispano-Americana. No entanto, os filipinos resistiram à dominação norte-americana por meio de uma guerra sangrenta. Em 4 de julho de 1946, as Filipinas tornaram-se independente por meio do Tratado de Manila.
Desde a independência, o país passou por períodos de democracia, ditadura e tentativas de restauração democrática, moldando a realidade política que o país enfrenta hoje. Os principais desafios atuais são a corrupção, a desigualdade social e os desastres naturais, como tufões e terremotos.
HISTÓRIA DA IGREJA NAS FILIPINAS
O cristianismo chegou às Filipinas juntamente com a colonização espanhola. Missionários agostinianos, franciscanos, jesuítas e dominicanos foram até as ilhas para pregar o evangelho e utilizaram diversos métodos, como a construção de igrejas, a educação religiosa e a tradução da Bíblia para as línguas locais.
Já o protestantismo chegou ao arquipélago durante e após o período colonial americano por meio de missionários batistas, metodistas e presbiterianos. Escolas protestantes, hospitais, clínicas e programas de assistência social foram implantados com a chegada dos evangélicos no país. Outro ponto que atraiu muitos jovens foi a chegada de movimentos de renovação, como o carismático e o pentecostalismo.
CONTEXTO ATUAL DAS FILIPINAS
Apesar de ser um país de maioria católica, nas Filipinas, os seguidores de Jesus enfrentam pressão e violência em regiões de maioria muçulmana, sobretudo em Mindanao. Nesses locais, grupos extremistas islâmicos atacam igrejas, sequestram e assassinam cristãos e incendeiam propriedades da comunidade cristã.
Além disso, cristãos têm acesso a serviços como água e eletricidade negados em razão da fé. No mercado de trabalho, os seguidores de Jesus enfrentam discriminação e são excluídos de determinados postos e profissões.
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