Tipo de perseguição
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O que mudou este ano em Gâmbia?
O índice de violência contra os cristãos aumentou em Gâmbia em decorrência dos ataques de grupos extremistas islâmicos. O nível de pressão permaneceu o mesmo em razão dos obstáculos burocráticos enfrentados pelas igrejas para se registrarem.
“O Conselho Cristão de Gâmbia pede para ser incluído na Constituição final que a Gâmbia seja soberana e secular. Uma república com diversas comunidades de liberdade étnico-linguística e religiosa, com igualdade de oportunidades e garantia de liberdade interétnica, política e religiosa para a coesão social.”
Pastor Seal S. Jammeh, em carta ao governo do país
Como é a perseguição aos cristãos em Gâmbia?
Os cristãos de origem muçulmana enfrentam hostilidade por parte da família e da comunidade. Eles suportam abuso físico, ostracismo social e educação não cristã forçada.
Os cristãos lutam com obstáculos burocráticos em questões como o registro de igrejas. Somando-se a esse cenário já tenso, há um medo palpável entre os cristãos de que a região esteja se inclinando para o extremismo.
Embora Gâmbia tenha permanecido isolada das atividades jihadistas, houve ataques a igrejas e propriedades pertencentes a cristãos nos últimos meses. Além disso, a comunidade cristã enfrentou várias formas de violência física e psicológica. Assim, os cristãos vivem em um ambiente cada vez mais hostil.
Como posso ajudar os cristãos perseguidos em Gâmbia?
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para o projeto da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos que enfrentam maiores necessidades.
Quem persegue os cristãos em Gâmbia?
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos em Gâmbia são: opressão islâmica, corrupção e crime organizado e opressão do clã.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos em Gâmbia são: líderes religiosos não cristãos, cidadãos e quadrilhas, parentes, redes criminosas e líderes de grupos étnicos.
Pedidos de oração de Gâmbia
- Clame por proteção e provisão para as necessidades dos cristãos de origem muçulmana e animista que enfrentam perseguição por parte da família e da comunidade.
- Ore por sabedoria e força aos líderes cristãos que lutam para registrar suas igrejas e para que tenham a liberdade religiosa respeitada.
- Peça pelo fim da ação de grupos extremistas que têm os cristãos como alvos de ataques.
Mais informações sobre o país
HISTÓRIA DE GÂMBIA
Gâmbia é um pequeno estado do Oeste da Africano totalmente cercado pelo Senegal, exceto pelo litoral atlântico a oeste. Os portugueses chegaram à costa de Gâmbia em 1455 e estabeleceram um posto comercial, mas em 1618 venderam Gâmbia aos britânicos, efetivamente fazendo de Gâmbia o ponto de partida da presença da Grã-Bretanha no Oeste Africano. Sua atual fronteira foi estabelecida por meio de um acordo entre a Grã-Bretanha e a França em 1889. O país se tornou um protetorado britânico em 1894. O inglês continua sendo o idioma oficial, apesar das declarações em contrário do presidente. Banjul é a capital.
A Grã-Bretanha concedeu o status autônomo a Gâmbia em 1963 e, em 1965, o país se tornou independente. Sob a liderança do Partido Progressista do Povo, Gâmbia estabeleceu com sucesso uma forma democrática de governo parlamentar, e o Partido Progressista do Povo venceu as eleições realizadas em 1966, 1972, 1977, 1982, 1987 e 1992. Um ano após uma tentativa de golpe em 1981, Gâmbia e Senegal formaram uma confederação e a nomearam Senegâmbia. A intenção era “integrar as forças militares e de segurança; formar uma união econômica e monetária; coordenar as políticas e comunicações externas; e estabelecer instituições confederativas. O parceiro maior, Senegal, dominaria essas instituições, controlando a presidência da confederação e dois terços das cadeiras de seu parlamento”. No entanto, a crescente preocupação de Gâmbia com a autonomia futura e o medo de ser engolida por Senegal levaram à dissolução da confederação em 1989.
Em 22 de julho de 1994, Lieutenant Yahya Jammeh conduziu um golpe sangrento que tirou do poder o presidente Dawda Jawara, que tinha sido eleito democraticamente e estava no poder desde 1970. Jawara sobreviveu à tentativa de golpe anterior, em 1981, com a ajuda do exército senegalês. Desde 1996, o partido dominante é a Aliança para a Reorientação e Construção Patriótica sob comando de Yahya Jammeh. Outros partidos também estão ativos no país, por exemplo, o Partido Progressista do Povo.
Jammeh não voltou para o quartel com seus soldados como tinha prometido. Ao invés disso, permaneceu no poder até sua derrota nas eleições de dezembro de 2016. Ele sempre recorreu à ideia de panafricanismo para manter o apoio dos cidadãos. Em 2014, o ano de um golpe fracassado enquanto estava no exterior, ele prometeu derrubar o inglês como língua oficial e também a retirada das associações da comunidade britânica dizendo que o país “nunca deveria ser membro de uma instituição neocolonial”. Em 2015, Jammeh declarou que o país deveria ser tratado como República Islâmica de Gâmbia: “Alinhado com a identidade e valores religiosos do país, eu proclamo Gâmbia como um Estado islâmico. Como os muçulmanos são maioria no país, Gâmbia não pode permitir o legado colonial contínuo”.
Depois de governar o país por 22 anos, Yahya Jammeh perdeu a eleição presidencial em dezembro de 2016. Embora inicialmente tenha resistido a ceder o poder, a pressão da comunidade internacional o forçou a sair. Em dezembro de 2017, o ex-presidente Yahya Jammeh foi oficialmente acusado de violações dos direitos humanos.
Adama Barrow assumiu o cargo em janeiro de 2017 e melhorou a condição de direitos humanos até certo ponto. Ele prometeu reverter algumas decisões tomadas por Yahya Jammeh. Por exemplo, o país reintegrou a Comunidade Britânica e também mudou o nome do país de República Islâmica de Gâmbia para República de Gâmbia. Eleições do governo local ocorreram em abril e maio de 2018 sem grandes incidentes. Em outubro de 2018, a Comissão da Verdade, Reconciliação e Reparação foi criada para investigar abusos de direitos humanos cometidos durante a era Jammeh. Essas e muitas outras melhorias levaram o país na classificação da Freedom House de “não livre” para “parcialmente livre”. Em dezembro de 2021, Barrow foi reeleito como presidente com 53% dos votos.HISTÓRIA DA IGREJA EM GÂMBIA
O cristianismo chegou a Gâmbia com marinheiros portugueses em 1456, quando eles navegaram rio acima e desembarcaram na Ilha James. No entanto, a Igreja Católica Romana só começou a criar raízes em meados do século 19. No início do século 19, escravos libertos que eram cristãos chegaram a se estabelecer em Gâmbia após a fundação da cidade de Bathurst, na ilha de Santa Maria. Em 1849, uma missão católica foi estabelecida no assentamento.
Os metodistas chegaram ao país pela primeira vez em 1821. A primeira igreja missionária anglicana foi estabelecida em 1855. As primeiras missões de igrejas nessa época foram estabelecidas pelos Parceiros da Sociedade Unida no Evangelho e pela Sociedade Missionária da Igreja. A Cruzada Evangélica Mundial (WEC, da sigla em inglês) entrou no país em 1957. A Associação Batista de Evangelismo chegou ao país em 1978, seguida pela Convenção Batista do Sul em 1982.CONTEXTO DE GÂMBIA
Gâmbia é um país de maioria muçulmana, principalmente sunita, mas outras comunidades muçulmanas também existem. Alguns cidadãos misturam crenças nativas tradicionais com islamismo e cristianismo.
O Índice de Desenvolvimento Humano do país está em 0,496, o que o coloca entre os 20 países menos desenvolvidos do planeta (ranking 172/189). A taxa de alfabetização de adultos é de 50,8%. A expectativa de vida é de 62 anos.