Há esperança para os jovens no Irã?

Neste fim de semana, acontece o Shockwave 2025. Durante os dias 19, 20 e 21 de setembro, grupos de jovens em todo o Brasil se unirão em oração pela Igreja Perseguida no Irã. Será uma oportunidade de aprender com os testemunhos de fé desses irmãos que arriscam tudo para servir a Cristo e apoiá-los de forma prática. Use a #igrejasemrosto nas redes sociais para mostrar a participação do seu grupo no Shockwave 2025.
Os jovens no Irã estão sob imensa pressão em vários aspectos. Eles estão crescendo em um país que enfrenta uma grave crise econômica. Cerca de um quarto dos jovens adultos está desempregado. Eles não têm boas perspectivas para o futuro. Mobina, de 19 anos, diz: “Muitos jovens têm sonhos e talentos, mas por causa da situação financeira não conseguem continuar seus estudos. Outros até pensam: ‘Vou para a universidade para, no final, acabar como motorista de táxi?’ E, infelizmente, não sabem como lidar com a tristeza e acabam se perdendo nas drogas ou no álcool.”
Muitos jovens são pressionados pela sociedade. Por um lado, há muitas expectativas culturais sobre como se comportar como um bom filho, bom aluno ou bom estudante, por exemplo. “Os jovens no Irã sofrem muito porque não recebem uma orientação adequada da família e nem na escola. Isso dificulta a construção de relacionamentos saudáveis com os outros, porque você tem que usar uma máscara o tempo todo”, diz Sogol*.
Por outro lado, o regime islâmico impõe regras rígidas sobre o que é considerado um “comportamento apropriado” e oferece pouca liberdade aos jovens. Meninas e mulheres são obrigadas a usar o hijab (véu islâmico) em público e o consumo de álcool é estritamente proibido. Qualquer pessoa que não se submeta às regras morais ou que critique o governo ou o islã em qualquer aspecto pode sofrer consequências severas.
“Se um jovem deseja expressar sua opinião, pode enfrentar muitos problemas, como ser preso. Você não tem permissão para frequentar a universidade nem para ter um bom emprego. O governo interfere na vida particular das pessoas de várias maneiras, tomando decisões e pensando por elas”, explica Azad*, um parceiro da Portas Abertas.
Solo fértil para o evangelho
Esse cenário tem causado muita frustração entre os jovens iranianos. Muitos estão desiludidos com o islã e não querem mais se submeter às restrições impostas pela sociedade, pelo governo e pela religião. Eles estão, cada vez mais, exigindo seus direitos publicamente – às vezes colocando em risco a própria vida – em manifestações como o movimento “Mulher, Vida, Liberdade”, que começou em 2022 com a morte de Mahsa Amini.
No entanto, essa desesperança e frustração também são um solo fértil para a mensagem libertadora do evangelho. “Quando os jovens entram em contato com Jesus por meio de redes sociais, TV via satélite, sonhos ou amigos e ouvem falar sobre o amor de Deus, é como se encontrassem o que passaram anos procurando. Quando ouvem que Deus os ama e os aceita da forma como são, eles se interessam em conhecê-lo melhor. E, quando começam a seguir a Jesus, tornam-se livres por dentro – porém, por fora, passam a enfrentar novos desafios – e uma pressão ainda maior”, explica Azad.
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*Nomes alterados por segurança.
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