Cristãos iranianos são detidos na Turquia

Nas últimas semanas, a organização humanitáriaArticle 18recebeu denúncias de cinco famílias cristãs iranianas que viviam como refugiadas na Turquia, um total de 17 pessoas. Elas foram presas em um campo de detenção, sob maus-tratos e ameaças de deportação.
Algumas dessas famílias estão detidas há mais de três meses, em condições sanitárias precárias, sem acesso a comida ou medicação. Os maridos ficaram separados das esposas e dos filhos. O encontro entre os familiares é permitido apenas uma vez por semana, por 15 minutos e sob vigilância dos guardas.
A maioria dos iranianos detidos são cristãos de origem muçulmana. Dois deles eram líderes de igrejas domésticas e outros discipulavam jovens cristãos na Turquia. As autoridades não explicam o motivo pelo qual prenderam os cristãos, nem quanto tempo eles ficarão detidos.
Famintos, doentes e aflitos
“Eles não nos dizem nada. Apenas chegam em nossas casas, nos levam para os campos de detenção onde ficamos separados da nossa família. Descobrimos que nossas declarações foram adulteradas. O tradutor que acompanha os refugiados faz afirmações falsas em nosso nome, já que não falamos o idioma deles”, disse o cristão Kamran.
Os guardas também ameaçam os refugiados. “Eles dizem: ‘Vocês vão ficar aqui por seis meses e se não voltarem para o país de vocês, ficarão mais seis meses. E se ainda assim não voltarem, ficarão aqui durante um ano!’”, continua Kamran.
Mona, a esposa de Kamran, diz: “Não temos acesso a pias ou banheiros. Usamos uma lata de lixo como bacia para tomarmos banho”. Roshana, outra cristã, relata: “Há apenas um médico aqui. Não importa os sintomas que você tenha, ele só prescreve paracetamol. Meus filhos estão doentes há 21 dias e não melhoram porque não recebem alimentação e medicação de que precisam”.
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